terça-feira, 19 de maio de 2015

Para pensar (1)

Frei Dorvalino Fassini, OFM

Detalhe da fachada da
Capela da Venerável Ordem Terceira
de São Francisco de Assis
Sábado último, em companhia da Coordenadora Distrital, Irmã Célia Silva Polnow e do Viceministro Regional, Irmão André L. da Silva, procedemos à Visita fraterno-pastoral, à Fraternidade Franciscana Secular, “São Francico de Assis” de Rio Grande. O que então lá vimos e ouvimos é de admirar, comover e pensar.

Andando de hábito pelas ruas éramos olhados com prazer e alegria por muitos. Alguns até nos cumprimentavam explicitamente. Eu me perguntava o porquê de toda essa deferência, se era completamente estranho. Nunca estivera lá. Não conhecia ninguém.

A resposta veio quando começamos a ouvir das Irmãs da Fraternidade a origem, a história de Rio Grande. Uma história e uma origem que se misturam com a origem e a história da Ordem Franciscana Secular. Uma não existia sem a outra. Tanto é que, a primeira igreja lá erguida, e que é a primeira igreja construída no RS, é a Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, dedicada ao mesmo Santo, no fundo da qual, posteriormente, foi construída a catedral de São Pedro.

Infelizmente, a mencionada Capela foi tomada pelo Patrimônio histórico e repartida em duas partes: uma transformada em Museu e a outra cedida para a Fraternidade. Lá está, pois o berço do Franciscanismo Secular no RS, iniciado oficialmente pela fundação daquela Fraternidade em 1748.

Hoje, lá estão apenas nove Irmãs, todas de idade muito avançada, mas que lutam valentemente pela sobrevivência daquela preciosa Fraternidade. Os anos vão passando, novos vocacionados ou membros não aparecem e o peso da responsabilidade para manter a Porciúncula do Franciscanismo Secular do RS aumenta cada vez mais. Acrescente-se a isso a pressão de pessoas e entidades estranhas para que a Fraternidade de fato deixe de existir a fim de tomarem conta de vez e de toda a Capela, erguida pelos primitivos terciários de São Francisco.

E nós, demais Fraternidades Franciscanas Seculares do RS e do nosso Distrito, o que pensamos e o que vamos fazer diante dessa situação enfrentada por aquelas nossas heroicas Irmãs e por essa preciosa herança?

Não deixemos que nos roubem nossas Fraternidades!

Não deixemos que nos roubem nosso ponto de partida!

Pense, fale, escreva, discuta!

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