Frei Dorvalino Fassini, OFM
Ein Franziskus-Bild des kath. Friedensaktivisten, Peter Bürger, aus Düsseldorf |
Segundo Sílvia Guidi, no artigo “São Francisco reencontrado”, no Osservatore Romano de 29 de janeiro de 2015, está sendo preparada a edição latina, bem como traduções em italiano, francês e inglês de uma nova “Vita” de São Francisco”. Trata-se de uma biografia escrita por Tomás de Celano entre os anos de 1232-1239. Nesse caso, temos agora desse mesmo biógrafo uma nova “Vida” entre a “Primeira”, escrita em 1227 e a “Segunda” em 1247.
O autor da descoberta é o medievista Jacques Dalarun. O mencionado artigo não esclarece, porém, como foi encontrado esse manuscrito. Em todo caso, segundo ele, a reflexão do próprio Tomás de Celano, depois da Primeira Vida, tornou-se mais profunda, sobretudo acerca da pobreza e do amor de Francisco pelas criaturas. Diz ele: Num certo sentido poder-se-ia dizer que o biógrafo com o passar dos anos, entende... que nada entendeu da mensagem de Francisco.
Em relação à pobreza, a nova Vita fala em “experiri paupetatem”, no sentido de experienciar no próprio corpo a pobreza de Cristo. Quanto à fraternidade universal, diz Jacques que Francisco não amava apenas os seres humanos, mas também os seres privados de razão e justifica: somos diversos mas irmãos porque todos descendem da paternidade do criador... Por isso, dizer que Francisco amava a natureza é um conceito pagão. Francisco amava os homens e os animais porque são filhos do mesmo Criador.
Outra novidade da nova Vita diz respeito à viagem de Francisco a Roma que, em vez de peregrino, segundo a Legenda dos Três Companheiros, teria sido em forma de comerciante, antes, portanto, de iniciar o processo de conversão.
Diz ainda Dalarun que o mistério está só no início. Quem tinha esse livro no bolso? Para quem foi feito? ... Quem poderia conhecer estes textos? Frei Leão...? E conclui que, em todo o caso, é um bom patrocínio por parte do primeiro Francisco para o atual Papa que precisamente agora está a preparar uma encíclica sobre o amor pela criação.
Concluímos: Quando se estuda São Francisco e, por isso, julga-se tê-lo entendido está enganado e enganando. Para conhecê-lo seria necessário uma nova graça divina que nos convertesse como a ele em “outro Cristo, pobre e crucificado”.
Em louvor de Cristo Amém!
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