quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Advento: Como veio, Ele também vem e virá

Segundo nossa Liturgia, o Tempo do Advento se destina a duas importantes preparações. Primeiramente queremos preparar-nos para celebrar mais uma vez a Vinda de Cristo que, assim como veio outrora, nascendo do seio da Virgem Maria, virá mais uma vez em nossos corações na noite do Natal. Mas, o Advento quer recordar e exortar a que nos preparemos, também, para a Segunda vinda de Cristo que acontecerá nos fim dos tempos. Em ambas as preparações, porém, soa sempre, que nosso Deus, é um Deus que vem. Nesse Tempo, mais do que em outras ocasiões do ano, a Liturgia faz ressoar aquela única toada de todas as páginas do Antigo Testamento: Dizei aos que estão desanimados: “Coragem! Não tenhais medo! Eis o vosso Deus: Ele traz o castigo, a recompensa divina. Ele virá em pessoa para vos salvar (Is 35,4).

Mas, no dizer de São Paulo, chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher e sob a Lei, para resgatar os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos (Gl 4,4-5). Essa adoção, porém, ainda não se manifestou em plenitude. Precisamos desejá-la, buscá-la, amá-la e, acima de tudo, cultivá-la. Pois, de novo, diz São Paulo: No presente vemos por um espelho e obscuramente; então veremos face a face. No presente conheço só em parte; então conhecerei como sou conhecido (1Cor 13,12).

Quando se espera alguém não se espera de mãos vazias e muito menos de coração amargurado. Por isso, a Igreja nos solicita a que esperemos vigilantes e jubilosos o Natal e a segunda vinda do Senhor em cada pessoa ou acontecimento de nossa vida. Vigiar nossos sentimentos, pensamentos e atitudes para que sejam cada vez mais pensamentos, sentimentos e atitudes de filhos de Deus.

Um coração jubiloso porque temos a certeza de que nossa esperança não será em vão; que haveremos de vencer o ódio, a vingança, o desânimo, a divisão, a guerra como Ele venceu. Um coração jubiloso que se concretiza em exercícios bem concretos como a participação nas Missas dominicais, na Novena do Natal em Família, na Celebração penitencial (Conversão!) e, acima de tudo, empenhando-nos em viver e concretizar a atitude de filhos de Deus: mansos, humildes, disponíveis, misericordiosos e pacientes, seja em casa, com os familiares, seja na Comunidade, na Escola ou no local de trabalho.

Frei Gabriel Brancher e Frei Dorvalino Fassini

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