quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Entrevista com Frei Jaime Spengler

Por Moacir Beggo

O frade catarinense, Frei Jaime Spengler, surpreendeu-se por duas vezes quando recebeu a convocação do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, para ir a Brasília. Primeiro, estava muito concentrado na nova função de guardião da Fraternidade Bom Jesus dos Perdões e pároco, quando recebeu a notícia da nomeação pelo Papa Bento 16. Segundo, pelo lugar para o qual foi indicado: Bispo auxiliar em Porto Alegre (RS).


Natural de Gaspar (SC), onde vai ser ordenado, Frei Jaime nasceu no dia 6 de setembro de 1960. Vocação adulta, ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1982. Nesta entrevista, o novo bispo-auxiliar de Porto Alegre fala de suas expectativas com a nomeação, de como está elaborando seu brasão, a escolha do lema e de como entrou na Ordem dos Frades Menores, onde professou solenemente no dia 8 de dezembro de 1985.

Acompanhe a entrevista do agora Monsenhor Jaime Spengler.
Site Franciscanos - Como o Sr. recebeu a notícia desta nova missão conferida pelo Santo Padre?
Frei Jaime – Primeiro, com uma grande surpresa. A verdade é que, de uns seis meses para cá, estava muito concentrado no meu trabalho ordinário, seja  com os projetos na paróquia, no convento ou mesmo na Associação Franciscana Bom Jesus, onde trabalhava como vice-presidente e como professor do curso de Filosofia. No dia 25 de outubro, festa de Frei Galvão, o Núncio Dom Lorenzo Baldisseri me surpreendeu ao me chamar a Brasília. Foi uma noite de expectativa e de vigília.
Site Franciscanos – Onde vai ser a sua ordenação episcopal?
Frei Jaime – Na minha terra natal, Gaspar.  O ano de 2011 é muito importante para a Paróquia de Gaspar.  Comemoram-se 150 anos da Freguesia de São Pedro Apóstolo. Essa nomeação e ordenação que estão acontecendo vêm de alguma forma marcar particularmente esse jubileu da comunidade cristã de Gaspar. Além disso, ali moram meus pais – papai com 82 anos e mamãe com 79. Também meus irmãos todos moram em Gaspar. Gaspar é uma cidade relativamente pequena; dali surgiram tantas vocações sacerdotais e religiosas ao longo desse século e meio de fundação da Freguesia. Assim, poder propiciar à toda a comunidade local uma celebração como essa, será, certamente, um momento de fortalecimento da comunidade, um momento de gratidão pelo trabalho realizado por tantos homens e mulheres de boa vontade ao longo dos anos, um momento de intensa celebração da e na fé.
Site Franciscanos - O que é ser um bispo auxiliar?
Frei Jaime – A nomeação que chegou de Roma traz a seguinte expressão: “bispo de Patara”. Patara é uma cidade da Grécia e que, segundo a tradição, teria sido fundada por Patarus, filho de Apolo. Ali, o cristianismo floresceu de forma muito vigorosa até o terceiro e quartos séculos, de onde surgiram vários expoentes do cristianismo primitivo. Hoje, a cidade nada mais é do que um sítio arqueológico.  Como Bispo-auxiliar em Porto Alegre, vou participar do Ministério do Arcebispo D. Dadeus. Neste sentido, ser bispo auxiliar significa cooperar na missão, num trabalho que já vem sendo desenvolvido e que se busca, certamente, aprimorar sempre mais.

Site Franciscanos – O Sr. esperava ir para Porto Alegre?
Frei Jaime - Quando o Núncio me disse que estaria indo para Porto Alegre, fiquei sumamente surpreso. Sei de outros lugares, de  outras realidades, onde se aguarda com expectativa a nomeação de bispos! Quando ele disse Porto Alegre, quase cai da cadeira. Não esperava. Foi uma surpresa muito grande e, ao mesmo tempo, muito agradável. Porto Alegre é uma cidade no sul! É a Capital do Rio Grande do Sul. E este Estado tem uma tradição muito rica, muito bonita, uma cultura extraordinária; uma história sem dúvida marcante, com relevância na história nacional!  Seu povo é um povo trabalhador,  empreendedor. Podemos dizer “um povo bom”! E como diz um ditado do nosso povo “gente boa, a gente não esquece – e não pode esquecer”!

Site Franciscanos -  E ganhou a sua bem-aventurada no último sábado?
Frei Jaime – Estive em Porto Alegre na beatificação da Madre Bárbara Maix; era uma mulher austríaca que veio para o Brasil e fundou uma obra belíssima. Não conhecia a obra  e as irmãs, mas a possibilidade de participar da beatificação dessa mulher, foi realmente algo muito bonito e  enriquecedor. Foi o meu primeiro contato com a Arquidiocese, ou melhor, com o arcebispo de Porto Alegre e seu Bispo-auxiliar D. Remídio Bohn;  até então, não nos conhecíamos pessoalmente!

Site Franciscanos - Como frade menor, o que significa ser bispo?
Frei Jaime – Penso que significa, antes de tudo, se colocar a serviço!  A serviço de uma realidade, de uma porção do povo de Deus, que toma forma na figura jurídica, denominada diocese. Eu creio que o frade menor, como está na nossa Regra Franciscana, é aquele que promete obediência e reverência ao Senhor Papa Honório e seus sucessores. Penso que o bispo, e o bispo frade menor, não pode fugir deste espírito, desta indicação. Ser um frade menor bispo é se colocar como menor entre os menores. E ali entre os menores ser uma presença evangélica. Com simplicidade e na alegria, ir ao encontro das pessoas, estar próximo das pessoas, sentir e participar de suas alegrias e esperanças.

Site Franciscanos - O sr. não deixa de ser frade menor?
Frei Jaime – De jeito nenhum. Quando a gente gosta do que é, e quando a gente gosta do que faz, não se criam essas dicotomias. Nós somos aquilo que somos. E se um dia nós abraçamos o projeto de vida franciscano, se procuramos mergulhar de corpo e alma neste projeto, e vamos dando o melhor das nossas forças, das nossas energias, nunca deixaremos de ser aquilo que somos!  Trata-se de uma identidade, de caráter [característica], e isso marca para sempre.
Site Franciscanos - Foi muito bonito ver o encontro de bispos franciscanos em Assis...
Frei Jaime – Aquele jeito simples. Ali existe uma indicação que vem,  primeiro, daquilo que Assis mesmo significa: simplicidade, fraternidade, paz. Em segundo lugar, é bom recordar aquilo que o Papa João Paulo II inaugurou como o ‘Espírito de Assis’. Assis se tornou o lugar de encontro das diversas religiões; lugar de referência, onde diversos líderes religiosos se reuniram e reúnem para juntos rezar. Portanto, quando recordamos esse encontro promovido pelo governo geral da Ordem dos Frades Menores podemos colher algumas indicações para o exercício desse novo ministério: procurar ser simples, amigo e fraterno; saber e aprender a conviver e dialogar com as diferenças! Talvez o que o nosso mundo espera de nós, como cristãos, como frades, e agora como bispo seja justamente esse modo de ser presença de paz, de reconciliação; presença integrada e integradora. Além disso, é bom estarmos atentos àquilo que Assis representa e inspira; ou seja, Assis se tornou uma referência, um símbolo. Referência e símbolo de paz e de bem!

Site Franciscanos - O sr. conhece ou tem informações da região episcopal que vai assumir?
Frei Jaime – Estive em Porto Alegre duas vezes.  Na primeira, fui para lá reconhecer os meus estudos de Filosofia, doutorado e mestrado, através da PUC de Porto Alegre. E na época, o Pe. Urbano Zilles me ajudou muito no encaminhamento do processo. E a segunda foi agora, no sábado, durante a beatificação da Madre Bárbara. É uma cidade grande. Não imaginava que Porto Alegre tivesse mais de 3 milhões de habitantes (05 Vicariatos; 155  Paróquias [das quais 32 de religiosos]; 744 Comunidades e 16 Diaconias).  São em torno de 44 institutos femininos de vida religiosa e cerca de 25 masculinos, além dos institutos seculares.  Portanto, uma presença religiosa muito marcante naquela realidade. 
Site Franciscanos - O outro bispo auxiliar  é Dom Remídio  José Bohn?
Frei Jaime – Ele é auxiliar já há alguns anos. Tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente no último sábado. E agora, na próxima semana, vamos viajar juntos para Santa Maria, onde acontece uma grande peregrinação tradicional das dioceses do Rio Grande do Sul. Pareceu-me uma pessoa muito simples, simpática e uma presença muito fraterna.  Seremos – de alguma forma – os braços do Arcebispo!

Site Franciscanos - Quais os desafios que o Sr. vê para iniciar esta nova missão no episcopado?
Frei Jaime – É uma missão nova! No sábado, conversava com Dom Dadeus e dizia: “Olha, D. Dadeus, o Sr. vai ter que me ensinar. Aqui, vou precisar de um mestre”. E ele, com muito jeito e simpatia – a gente vê que tem carisma -, dizia assim: “Conte com a gente. Seja muito bem-vindo. Nós estamos muito contentes!” Então, é uma missão nova e, como toda nova missão, temos de começar. E iniciar a partir daquilo que o próprio arcebispo nos indicar, como sendo de nossa competência. Em todo o caso, ele me dizia que existe uma boa presença da Igreja no mundo da educação e como venho um pouquinho dessa realidade – nos últimos cinco anos estive ligado à Associação Franciscana Bom Jesus - , então poderia talvez oferecer uma contribuição nessa área. Mas isso é coisa a ser discutida.


Site Franciscanos - Já dá para adiantar o tema do seu brasão?
 

Frei Jaime – No centro do meu lema, eu escolhi ter a cruz. E a expressão que quero assumir é “Gloriar-se na Cruz” (In Cruce gloriari). Baseado em Gl 6,14, São Paulo diz que se gloria na cruz de Cristo - e, em 2Cel 203, São Francisco teve os mesmos sentimentos [Cf. também São Boaventura, Legenda Maior, 13,10]. Por que esta escolha? Hoje,  temos dificuldades de falar da cruz. E não podemos entender o cristianismo sem o evento da cruz. Na cruz existe vida; na cruz está a nossa esperança; a cruz é o madeiro que salva. O cristianismo nasce e se consuma na cruz, no Crucificado. Nós falamos muito do Cristo que age,  do Cristo que prega, do Cristo que cura;  existe, porém, uma espécie de dificuldade não só no discurso pastoral, mas também na reflexão teológica, de abordar a questão do sofrimento e da cruz. E nesse sentido não podemos esquecer que grande parte da nossa população é de crucificados. E quando falo de crucificados hoje, penso especialmente nos adolescentes, nos jovens, vítimas das drogas, que estão de alguma forma consumindo toda uma geração; e junto com a situação da droga está a violência social. E as respostas das entidades que compõem a sociedade parecem não ser suficientes.  Nossas instituições políticas,  nossos governantes, a  escola, a família e também a Igreja, diante dessa realidade, são desafiadas a apresentar soluções. Observamos nossos adolescentes e nossos jovens, às vezes, sem rumo e sem direção, sem esperança; e assim se tornam alvos fáceis de ideias, ideologias e vícios. É verdade que no meio dessa juventude encontramos moços e moças muitos vivazes, corajosos, envolvidos com propostas de um mundo melhor, mais humano, de uma terra sem males. Outra expressão de cruz presente na nossa sociedade de crucificados e que me chamou muito a atenção no sábado durante a beatificação de madre Bárbara, foi o fato de as irmãs estarem começando um trabalho sobre o tráfico de pessoas humanas. É também uma dessas realidades pouco faladas, tematizadas, por razões óbvias, e que são expressões também de cruzes na nossa sociedade. Todas essas situações, e outras que poderíamos recordar aqui, me levaram de alguma forma a dizer: “Quero no centro do meu lema - e isso é um projeto de vida - a cruz”.  Mesmo durante os meus estudos, quando terminei o curso de Teologia em Jerusalém, fiz o trabalho de conclusão de curso em torno do Hino de Filipenses 2, 5-8: Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz! Então, essa obediência de Cristo à vontade do Pai que se consuma na cruz, isso de alguma forma sempre me tocou. Outra expressão muito forte de São Paulo, na primeira Carta aos Coríntios, é quando ele brada, grita e suplica: “Não esvazieis a Cruz de Cristo!” Então, todas essas expressões bíblicas, de alguma forma, para mim, estão sintetizadas nesta expressão: “Gloriar-se na Cruz”. Mais ainda: quando todos os dias rezamos: “Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas Igreja que estão no mundo inteiro, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”, estamos fazendo referência à Cruz.  Boaventura diz que São Francisco exorta os frades a rezarem, quando não têm o Breviário, contemplando o Crucificado, olhando a Cruz. Olhando a Cruz, eles podem rezar! Então, a Cruz, para os frades, é o Livro de Cristo. A Cruz é o Evangelho. Se não me engano, as Fontes Franciscanas dizem que Francisco mesmo era outro Cristo Crucificado. Nós encontramos, então, vários elementos que se condensam sempre na Cruz. Por todas essas indicações, quis que no meu lema estivesse tematizado o evento da Cruz.

Site Franciscanos - E já pensou como vai ser o brasão?
 

Frei Jaime –  Tenho algumas ideias! Quero que  a Cruz seja o elemento central; junto gostaria de ter  uma conquilha, porque ela recorda aquela lenda de Santo Agostinho que encontra, certo dia na praia, um menino fazendo um buraco. Agostinho passava por ali e perguntou: “Mas o que você está fazendo?” – “Ah estou colocando a água do mar neste buraco”. Agostinho respondeu: “Você é bobo, não vai conseguir”. E recebeu como resposta: “E você vai conseguir esgotar o sonho de Deus com as suas elucubrações?” Essa conquilha simboliza de alguma forma a inesgotabilidade do mistério de Deus e da cruz. Esses dois elementos gostaria de ter no brasão. Depois, quando  voltei de Israel, ganhei de um frade do Santo Sepulcro um pedaço da pedra do Calvário. Isso sempre guardei. E agora, conversando com o Sr. Carrara, pedi para ver a possibilidade de incrustar um pedacinho da pedra, seja na cruz peitoral, seja no anel ou no báculo. Isso para recordar sempre de novo o evento do Calvário, a Cruz. Existe uma lenda da tradição judaico-cristã, onde se diz que o túmulo de Adão estaria situado na base do Calvário. E até hoje os peregrinos podem observar através de um vidro, uma fissura na pedra, onde existe um fio vermelho. Essa lenda diz que esse fio vermelho, que perpassa a pedra, é a marca do sangue do Cristo, que desceu da Cruz, no topo do Calvário, e atingiu o túmulo de Adão. O sangue de Cristo no Calvário resgata todos os homens

Site Franciscanos - Fale um pouco de sua vocação franciscana?

Frei Jaime – Existem coisas que são muito pessoais. O sagrado sempre me provocou, me atraiu. É muito bonito na nossa espiritualidade franciscana uma expressão de Santa Clara, quando ela pede às irmãs que  nunca se esqueçam do “ponto de partida”. E o meu ponto de partida é uma cena muito bonita de um 1º de Maio. Lembro-me que meu pai nos levou, de bicicleta, à Missa no pátio de um colégio. Fazia frio. Tinha um vento muito forte, e nunca me esqueci da imagem de Frei Godofredo Sieber preparando o altar. Já paramentado para a Missa, estava lutando com o vento, que mexia com os arranjos e as velas que estavam acesas no altar. Ele ajeitava aquilo com tanto cuidado e carinho, que  me atraiu e me fez dizer um dia assim: “Eu quero ser como aquele homem!”

Site Franciscanos – E quantos anos você tinha?

Frei Jaime - Devia ser um adolescente de 8 ou 9 anos. Depois, é claro, a vida foi tomando o seu rumo: escola, ginásio, segundo grau... Mas aquela cena do 1º de Maio não me saiu da mente. Quando estava com 20 anos, havia uma proposta de fazer um curso de engenharia ou técnica de fiação no Rio de Janeiro. Estava tudo certo, pois trabalhava numa empresa de fiação em Gaspar, onde já estava há cinco anos. Aquela cena não saia da minha mente. Um dia eu disse: “Não, não quero o curso. Eu vou para o seminário. Eu quero ser franciscano”. Claro que isso pegou muita gente de surpresa, especialmente no trabalho. Estava com a carreira definida na empresa, e existia um clima de confiança muito grande na minha pessoa. Mas, enfim, tomei essa decisão e fui para Guaratinguetá, onde a Província tinha o Seminário para Vocações Adultas. Também é verdade que quando nós terminamos o ensino primário, escola fundamental, os padres do Sagrado Coração de Jesus passaram por lá fazendo uma espécie de propaganda vocacional. Nos convidaram para conhecer o Seminário de Corupá.

Site Franciscanos - O Seminário de Corupá é um dos maiores do Brasil?

Frei Jaime – É muito grande e bonito. Até hoje guardo na lembrança aqueles espaços, o museu, o lago. Depois nos levaram a Jaraguá do Sul para conhecer a Casa do Noviciado. Voltamos para casa e depois os padres retornaram perguntando quem queria ir para o Seminário. Todos os outros meninos foram; menos eu. Não sei por que não fui. Dez anos depois, quando todos voltaram, fui como adulto começar a caminhada em Guaratinguetá. O meu ponto de partida foi aquela cena do Frei Godofredo celebrando aquela Missa no dia 1º de Maio, Missa dos Trabalhadores, no dia de São José Operário. Ali, com os colonos da região, cuidando com tanto carinho do altar e das coisas do altar!

Site Franciscanos - Deixe uma mensagem neste final de entrevista.
Frei Jaime – Eu vou a Porto Alegre ‘pronto para o que der e vier’. Aliás, essa sempre foi uma atitude que procurei cultivar ao longo da minha vida religiosa.  Sempre tive presente este espírito. Para onde me mandarem, para o que me pedirem, para aquilo que me solicitarem, estarei disposto. Acolho a nomeação do Santo Padre em espírito de obediência. E nesse espírito estou indo para Porto Alegre disposto a dar o melhor de mim. Espero poder colaborar de forma efetiva no Ministério do Arcebispo de Porto Alegre, D. Dadeus, e de seu Bispo-auxiliar D. Remídio. Espero poder ser, com eles e com os sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, uma presença de pastor, de pai, de irmão, naquela realidade, onde, orientado por ele, e por D. Remídio, que está lá há mais tempo, me inserir  sempre mais na vida da Igreja local e daquele povo. Sempre gostei de uma expressão que está na linguagem de nosso povo, quando se diz assim: “O povo é bom”. Eu acho que o povo é bom e no meio desse povo bom, nós precisamos cultivar a bondade. O povo é bom, o povo é receptivo; e o povo gaúcho é empreendedor, trabalhador -  um povo que tem uma cultura rica, alegre e diversificada. Espero realmente ser uma presença de menor, de paz; uma presença amiga, e fraterna; uma presença franciscana!

Extraído de http://www.franciscanos.org.br/v3/noticias/reportagensespeciais/2010/frei_jaimespengler/01.php acesso em 10 nov. 2010.

Um comentário:

  1. Seja Bem-Vindo, Mons. Jaime!
    Que Deus abençoe sua missão nesta terra querida!
    Pe. Antonio (do clero da Arquidiocese, atualmente em missão na Prelazia do Xingu)

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