Frei Dorvalino Fassini, OFM
O Menino Jesus, deitado no presépio, sempre encanta não apenas crianças, mas a todos os homens de todas as idades, raças e tempos.
Nem sempre, porém, vemos nessa imagem o mistério mais profundo do próprio Deus revelado e posto como convite para todos os homens de boa vontade: de não termos nada de próprio, formulado com a famosa expressão de jamais fazermos nossa própria vontade e sim a vontade de Deus
Por isso, o Menino do Presépio é bonito de ou para ser visto, admirado, mas não imitado.
Parece-nos um absurdo negar-nos o que temos de mais nobre e sagrado: a própria vontade, a posse de si mesmo, de seus bens matérias e espirituais. Hoje, nós que afirmamos e assumimos como uma das conquistas mais sagradas do homem, a autonomia, a liberdade, a posse de si, a iniciativa e o agenciamento de nós mesmos, como expressão de uma personalidade adulta e madura, nós que somos positivos, conquistadores e criadoras, nos é muito difícil ver bem o que de bom existe para nós num Menino Deus nascido num presépio, à margem da estrada da humanidade. Um menino que veio para fazer em tudo a vontade do Pai, e submeter-se à vontade dos homens até a morte e morte de Cruz.
Como pode isso ser caminho de alegria, paz e bem-aventurança? Só uma explicação: o fervor de um amor “tresloucado”.
A todos os votos de um Feliz Natal e abençoado 2013!
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